Representantes de diversos estados estiveram no CRO/PR, nos dias 29 e 30 de maio, para participar do 7.º Encontro Nacional das Comissões de Odontologia Hospitalar dos Conselhos Regionais.

Uma das principais finalidades do encontro foi a de dar continuidade às discussões iniciadas em eventos anteriores para a regulamentação desta área da Odontologia.

“Esta é uma tarefa árdua e precisamos empenhar todos os nossos esforços, conhecimentos e vivências para que isso ocorra”, ressalta Marlí Schmitt Walker, presidente da Comissão no CRO/PR.

Para ela, a Odontologia precisa, com urgência, integrar as equipes multiprofissionais, interdisciplinares e transdisciplinares em hospitais. “Porém, isso só será possível se os profissionais puderem atuar de forma legal e regular”, diz, salientando que “tecnicamente a discussão já está bem encaminhada”.

Na etapa realizada no Paraná, o Encontro detalhou os três eixos que precisam ser definidos para a atuação do CD nos hospitais: a formação profissional, o financiamento e a regulamentação da prática da Odontologia Hospitalar pelo CFO.

Além de palestra com Antonio Adilson Soares de Lima, professor do Departamento de Estomatologia da UFPR, o Encontro contou com painéis e debates.

Ao final do evento os participantes produziram um documento, que será encaminhado ao Conselho Federal de Odontologia (CFO). Veja a íntegra do documento aqui.

Para o presidente do CRO/PR, Roberto Cavali, a discussão ocorrida no CRO/PR foi de extrema importância. “Não é concebível, dentro dos critérios mais modernos de saúde, que a Odontologia não esteja inserida nos hospitais”, avalia.

Cavali fez um apelo ao vice-presidente do CFO, presente ao Encontro, Leonardo Marconi Cavalcanti de Oliveira, para que o órgão regule, o mais rápido possível, o que foi decidido pela Assembleia Nacional de Especialidades Odontológica (Aneo), em outubro do ano passado. “Sete meses se passaram e a Odontologia brasileira ainda não obteve resposta de seu órgão maior sobre a regulação desta e de outras habilidades e especialidades”.

Para o presidente, “é imprescindível que o plenário do CFO tome uma posição que estabeleça os parâmetros de atuação e formação da Odontologia Hospitalar, para evitar que a mesma caia nas mãos de simples agentes vendedores de cursos, que visam somente ao lucro pessoal”. Segundo o vice-presidente do CFO, o pleito dos integrantes das comissões será levado ao plenário do órgão federal.

No Paraná, uma lei que prevê a participação dos cirurgiões-dentistas em equipes multiprofissionais em hospitais já foi aprovada, em 2013, mas ainda não está regulamentada.

O coordenador de Saúde Bucal da Secretaria de Saúde do Paraná, Léo Kriger, diz que o cumprimento da lei dependerá do esforço da classe. “A tarefa não é fácil, mas aqui no estado já prevemos a presença do dentista na atenção terciária”.

O presidente do CRO/GO, Jean Jacques Rodrigues, também participou das discussões em Curitiba. “Ainda não tenho uma comissão de Odontologia Hospitalar no Conselho e por isso eu mesmo vim participar do Encontro”.

Ele destacou o trabalho desenvolvido em Curitiba, elogiando as discussões, que considerou de alto nível. “O resultado foi muito positivo, pois todos trabalharam com objetivos bem definidos”, disse. Em Goiás há cerca de 9.500 cirurgiões-dentistas inscritos no Conselho.

A Comissão de Odontologia Hospitalar do CRO/PR é composta por Marli Maria Schmitt Walker (presidente), Regina Martins Schmitt, Gilce S. Czlusniak Alves da Costa, Karoline de Souza Chinasso Tulio, Alcion Luiz Soares de Abreu Júnior, Lilian Aparecida Pasetti, Francisco Isaak Nicolas Ciesielski, Rosângela Pironti de Castro, Fernanda Pavan Correa e André Vieira de Souza.

• Fonte: Assessoria de Imprensa