Em assembleia servidores da saúde de Curitiba rejeitam proposta que prevê cortes nas gratificações

2014-09-17

Programa da prefeitura pretende expandir Estratégia Saúde da Família com repartição de recursos

Cirurgiões-dentistas, médicos e enfermeiros são as três categorias mais prejudicadas com a nova proposta da prefeitura de Curitiba para a expansão do programa Estratégia Saúde da Família (ESF). Hoje 13 categorias de profissionais integram o programa e foram representadas em assembleia realizada pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc) nesta segunda-feira (15), em Curitiba. Na ocasião a proposta da prefeitura foi rejeitada devido à previsão de cortes nas gratificações dos servidores.

A diminuição dos ganhos ocorreria devido ao projeto que reparte os recursos do programa para que ocorra a expansão. No entanto, de acordo com os trabalhadores presentes na assembleia a gestão do prefeito Gustavo Fruet pretende retirar as conquistas financeiras de trabalhadores e não investir o necessário na área de saúde. Os participantes do encontro deste dia 15 entendem que a expansão da ESF não pode representar perdas financeiras para os servidores.

Na última terça-feira (9) o presidente do CRO/PR, Dr. Roberto Cavali, acompanhado do presidente e vice da ABO-PR, respectivamente Celso Minervino Russo e Osiris Pontoni Klamas, e do presidente do Sindicato dos Odontologistas do Paraná (Soepar), Fabiano Augusto Sfier de Mello, esteve em uma audiência com o secretário municipal de Saúde, Adriano Massuda, para discutir o tema.

Durante a audiência Massuda não deu detalhes do projeto, mas confirmou que haverá redução no valor das gratificações de alguns grupos de servidores, com a expansão do programa ESF. Também no último dia 9 cerca de 250 pessoas participaram de assembleia na sede da ABO-PR, em Curitiba, onde ocorreu debate da proposta da prefeitura com o objetivo de impedir o prejuízo aos profissionais da odontologia envolvidos na ESF.

PRAZO - O Sismuc estabeleceu este dia 15 como o prazo final para que a prefeitura apresentasse os dados sobre mudanças na organização e remuneração dos profissionais da saúde. No entanto, no encontro entre as partes nesta segunda-feira a gestão se limitou a propor a formação de uma comissão para estudos da divisão dos valores.

“O que se esperava, em respeito à categoria, era uma proposta finalizada com todos os dados e impactos financeiros”, critica Irene Rodrigues, coordenadora do Sismuc. A direção da entidade entende que a expansão de programas e do atendimento à população passa por buscar mais recursos junto ao Estado e à União.

ATO PÚBLICO – Após a recusa da proposta na assembleia deste dia 15 a categoria dos servidores da saúde realizará o ato #FruetNãoArrocha neste sábado (20), a partir das 9 horas, com pauta central à não repartição dos recursos e a ampliação do ESF, incorporação de 10% do IDQ, isonomia nas UPAs, cumprimento dos acordos e valorização da saúde.

  • Fonte: Assessoria de Imprensa

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