Palestra mostrou a cirurgiões-dentistas como agir em caso de emergências médicas no consultório

2015-09-26

Evento foi realizado em Londrina e contou com a presença de diversos Conselheiros do CRO/PR e público de aproximadamente 110 pessoas.

Cirurgiões-dentistas de Londrina e região participaram na última quinta-feira (24) de uma palestra na sede da Regional do Conselho sobre "Emergências Médicas em Consultórios Odontológicos", ministrada pelo Dr. Santo Gentil Forone. 

Do programa téorico foram abordados tópicos como Lipotimia, Choque, Anafilaxia, Asfixia, Hiperventilação, Histeria, Epilepsia, AVC, IAM e Sincope. Na parte prática, Morte Súbita, Reanimação Cardio Pulmonar (RCP) em manequim monitorado eletrônico.

A palestra contou com a presença de aproximadamente 110 participantes. Estivem presentes os conselheiros do CRO/PR Aguinaldo Coelho de Farias, Claudenir Rossato, Edson Milani de Holanda, Carmen Lucia Arrata, bem como o delegado do Conselho, João Noivo Henriques.

Segundo o palestrante, nenhum CD pode deixar de ter alguns itens básicos para emergências no consultório, como um kit de oxigênio. “Ele é essencial, em diversas situações”, disse.

Muitos pacientes, explica o palestrante, começam a passar mal quando estão no consultório para algum tipo de tratamento. “Às vezes isso começa a aparecer na sala de espera e é ocasionado, muitas vezes, por medo”, ressalta, observando que, então, é preciso que o CD encontre a melhor forma de acalmar o paciente que apresente sinais de lipotimia.

“Mas não se deve dizer ‘fique tranquilo’, pois isso pode agravar o quadro. O ideal é não se apavorar e encontrar maneiras de reverter a situação”, explica. “Em muitas situações é possível colocar a máscara de oxigênio no paciente e, na cadeira, deixá-lo com os pés para cima”.

Um dos maiores medos dos CDs é que o paciente tenha um choque anafilático, como é popularmente conhecida a anafilaxia. “É muito difícil uma reação alérgica às anestesias utilizadas pelos dentistas, mas uma boa maneira de prevenir qualquer situação é fazer uma boa anamnese”, ressalta.

Mas se isso vier a acontecer, adianta, o recomendável é fazer uso do oxigênio e aplicar adrenalina, um anti-histamínico e um corticoide (intramuscular). Na sequência, chamar o Samu ou Siate. “Com isso, o paciente já tem os primeiros-socorros, até a chegada da ambulância”.

O Dr. Santo Gentil afirma que o corpo do paciente dará sinais de que está tendo uma anafilaxia. O corpo todo começa a ficar vermelho, com pruridos e edemas de face, lábio ou pálpebra. “Isso são sinais. Então o melhor e fazer uso do oxigênio, dos três medicamentos e chamar o socorro”.

A asfixia também foi um dos pontos tratados na palestra. O paciente pode apresentar o problema quando algum corpo estranho cai dentro da boca e vai para a garganta, como o próprio dente extraído, um grampo de endo, chaves de implante etc. “Neste caso o ideal é aplicar a manobra de Heimlich. Para isso é preciso se posicionar atrás do paciente e fazer compressões abdominais até o objeto engolido sair”.

Outro assunto destacado pelo palestrante foi a epilepsia, que é uma alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro. Caso um paciente tenha uma crise convulsiva no consultório não é preciso puxar a língua dele para fora, como uma grande parcela da população acha recomendável. “Ele não irá ‘engolir’ a língua. E a crise convulsiva irá passar em cerca de 30 segundos”, explica.

Dr. Santo Gentil abordou os demais temas de forma bastante detalhada e os participantes puderam ainda, utilizando um manequim, aprender a fazer respiração boca a boca e massagem cardíaca. “Essas pequenas técnicas são muito importantes e podem salvar vidas, numa emergência”, diz ele, ao ressaltar que técnica não se aprende, se desenvolve.

  • Fonte: Assessoria de Imprensa

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