Dificuldades em negociar levaram servidores da saúde a entrar em estado de greve

2014-11-04

Nesta segunda-feira trabalhadores realizaram novo ato e novamente se reuniram com a secretaria

Em assembleia realizada na última quarta-feira (29) servidores da área da saúde de Curitiba decidiram entrar em estado de greve. De acordo com o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc), o estado de greve é um alerta público sobre as dificuldades em se avançar nas negociações. 

Nesta segunda-feira (3) os servidores realizaram nova manifestação no edifício Delta, em Curitiba, onde fica a sede da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Denominado protesto “Roxo de raiva”, o ato ocorreu antes de uma nova mesa de negociação entre as partes. No período da tarde foram debatidas as pautas financeiras e condições de trabalho. 

Na reunião desta segunda-feira o secretário municipal de saúde, Adriano Massuda, afirmou que a proposta da prefeitura para a expansão do Programa Estratégia Saúde da Família (ESF) pode ficar para 2015.  A gestão municipal aponta ainda para a criação de uma comissão para estudar três caminhos possíveis para que seja trabalhada a política remuneratória do ESF, sem que nenhum profissional seja prejudicado. 

Os caminhos apontados são a elevação do salário base dos servidores; instituir 80% de gratificação sobre o vencimento básico do início de carreira de cada cargo; e manter os moldes atuais, estendendo aos enfermeiros do ESF 80% de gratificação, mas sem perspectivas de aumento no número de equipes. Se a comissão for criada fará os estudos necessários sobre os três modelos, ou até sugerir uma nova opção. 

Segundo o Sismuc a prefeitura tem anunciado a redução de gastos dentro do Programa de Melhoria da Receita e do Gasto Público. Os cortes seriam de 10%, ou R$ 248 milhões, economia que de acordo com sindicato prejudica o atendimento a áreas essenciais à população de Curitiba, como saúde, educação e segurança. 

O Sismuc afirma ainda que para realizar os cortes a prefeitura não está pagando as horas extras de seus funcionários, além de recuar em acordos firmados nas mesas de negociação anteriores. Na reunião deste dia 3 Massuda afirmou que a prefeitura recebe R$ 7 mil por equipe ESF, mas o custo é de R$ 12,5 mil por mês. 

O secretário afirmou ainda que Curitiba recebe R$ 2,4 milhões do Ministério da Saúde, e somente as gratificações pagas aos servidores atingem R$ 4,8 milhões, o que obriga a gestão a complementar os recursos. 

Na próxima segunda-feira (10) os servidores da saúde se reúnem em coletivo extraordinário, com o objetivo de avaliar a postura da SMS e encaminhar novas mobilizações do estado de greve. O coletivo terá início às 19h, na subsede do Sismuc, situado na Rua José Loureiro, 118, Centro de Curitiba. 

  • Fonte: Assessoria de Imprensa

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